domingo, 5 de dezembro de 2010

Newsletter

Depois das férias...

Que, espero, tenham sido retemperadoras, retomamos os nossos compromissos.
Neale Donald Walsch, nasceu em Milwaukee em 1943, e escreveu um livro (na verdade é uma série de 3 volumes) surpreendente, chamado “Conversas com Deus”. Ele conta que, desesperado e sozinho, depois de sérios reveses na sua vida (teve um grave acidente onde fracturou o pescoço, divorciou-se e envolveu-se em vários projectos profissionais falhados, inclusivamente o lançamento de outros livros, que não lhe permitiram sequer ganhar o suficiente para pagar o seu modesto apartamento) pegou numa folha de papel e fez, por escrito, uma pergunta dirigida a Deus, a que este, de imediato, lhe respondeu, através da sua própria inspiração. Foi debaixo desta “inspiração divina”, que o autor refere ter escrito toda esta obra, sob a forma de “pergunta-resposta”.

Confesso que, a primeira vez que li isto, fiquei chocado a pontos de abandonar de imediato a sua leitura. No entanto, comecei a pensar com “os meus botões”; E porque não? Porque não pode ser verdade, se acredito na existência e na palavra de alguns seres extraordinários e que foram considerados profetas ou portadores de mensagens sagradas? Não poderia estar eu a recusar a mensagem de um novo profeta? E sendo invenção ou alucinação do autor… não é para isso que servem os livros? Para sermos quem ou o que quisermos, tendo o céu como limite e o privilégio de com outros partilharmos o fruto da nossa criatividade? O que arriscava eu? Medo de mergulhar nas alucinações deste autor, depois de me ter deliciado a mergulhar nas alucinações de tantos outros?
Passadas poucas semanas entreguei-me ao livro e, até hoje, continua no ranking dos “10 mais da minha mesinha de cabeceira”. O que mais me surpreendeu, neste livro, foram as novas perspectivas com que alguns temas são abordados, desde a forma como nos relacionamos connosco e com os outros, passando pelo sentido da nossa vida e, forçosamente, pela forma de sentir e viver Deus, entre outros. Aquilo que sinto ao lê-lo resume-se muma grande paz interior e o desejo que “fosse mesmo verdade”, quem dera que estes excertos sobre as “Relações” tenham em vós o mesmo impacto.

Escreveu este autor…

“Não tens nenhuma obrigação nas relações. Tens apenas oportunidades. (…) A relação – a tua relação com todas as coisas - foi criada para ser a tua ferramenta perfeita no trabalho da alma. Por isso é que todas as relações humanas são solo sagrado. Por isso é que todas as relações pessoais são sagradas. Numa relação, nunca faças nada por obrigação. O que quer que faças, fá-lo pela gloriosa oportunidade que essa relação te dá para definires, e seres, Quem Tu Realmente És.”
“As relações duradoiras representam efectivamente óptimas oportunidades para o crescimento mútuo, a expressão mútua e a realização mútua. (…) Certifica-te que entras numa relação pelos motivos certos. (…) Certifica-te que tu e a tua companheira estão de acordo quanto ao objectivo. Que ambos concordam, a um nível consciente, que o objectivo da vossa relação é criar oportunidade, não uma obrigação – uma oportunidade para o crescimento, para a plena auto-expressão, para elevarem as vossas vidas ao seu mais alto potencial, para sararem qualquer pensamento falso ou ideia menor que possam ter tido sobre vós mesmos, e para o supremo reencontro com Deus através da comunhão das vossas duas almas.”

“O propósito da relação não é ter outra pessoa que possa completar-te mas sim com a qual possas partilhar a tua plenitude.”

 Valerá a pena acrescentar ainda este bocadinho que, julgo, poderá dar um sentido ainda mais profundo aos excertos anteriores:

“O segredo mais profundo da vida é que a vida não é um processo de descoberta mas sim um processo de criação”.

Talvez nos encontremos, num futuro próximo, para conversarmos sobre outras temáticas abordadas por este autor. Talvez mais cedo do que julgamos.

E assim me despeço, partilhando convosco a sorte que tenho em acreditar que é na terra cuja existência ninguém consegue provar, que encontro terreno fértil para fazer crescer as crenças que me alimentam.

Bem hajam…

Newsletter

A todos aqueles com quem os nossos caminhos se cruzam,

Surgiu-me a ideia, com a ajuda de alguns que comigo se cruzavam, de criar esta pequena newsletter. É frequente, durante a participação num seminário ou numa vulgar conversa de café, dar por mim a tomar nota de citações ou de nomes de livros e autores para depois poder consultar as suas obras e constato que, nos vários seminários que organizo, existe igualmente um número significativo de pessoas com este mesmo interesse. Assim, porque não criar um espaço de partilha acerca das leituras que fazemos em que, através de pequenas citações dos autores, podemos dar pistas interessantes acerca das ideias que nos tocaram e, quem sabe, que poderão tocar nos outros.

Deixando desde já o desafio das vossas “sugestões” acerca de livros que ainda não li, tomo aqui a liberdade de deixar as minhas. Que a partilha do que vimos permita, aos outros, criar a sua própria visão do mundo.

Não quereria ir de férias sem cumprir o meu compromisso (aos meus amigos da Makro o devo) de lançar a minha primeira Newsletter em Julho e acho que encontrei um tema e autor adequado a esta tão esperada época do ano.

Gostaria de dar início a este espaço de partilha com referências ao nosso grande livre pensador que é Agostinho da Silva. Porque procuro nele (e sempre tenho encontrado) fonte de inspiração para o “aprender” (no saber e no viver de acordo com o que aprendo) e porque acho delicioso e oportuno, nesta altura de antecipação dos prazeres das férias, fazer referência ao seu conceito de “vida gratuita”, passo a citar…

Do Livro “As Aproximações”,  pág. 11

“O mais grave, porém, me parece ser que explícita ou implicitamente a condenação que lançam sobre a escravatura é uma condenação que lançam sobre o ócio. Quero eu dizer o seguinte: o que censuram no fundo é que um determinado grupo social tenha lançado sobre outro a obrigação de trabalhar, isto é, de assegurar a produção, reservando-se eles próprios tarefas de dirigentes que na maior parte dos casos podiam ser exercidas por amadores (…) e deixavam para a maior parte o tempo livre. Não se repara que foi exactamente esse tempo livre que possibilitou a realização de todas as grandes obras de que hoje se orgulha o mundo. Não foram homens esmagados de trabalho que compuseram música ou poesia, conceberam e executaram pintura e escultura, ou, num domínio que mais interessa para a solução do problema (da escravatura), fantasiaram a ciência que depois, transformada em técnica, contribuiria para progressivamente ir libertando o escravo. Não temos nada que abolir os escravos se isso significa que ninguém ficará com tempo livre para coisa alguma que não signifique assegurar a subsistência. O que temos é de inventar escravos que nos não ponham, trabalhando para nós, problemas de consciência. E os inventamos pelo sacrifício, consentido ou não, de milhares de homens em milhares e milhares de gerações: as máquinas que hoje temos à nossa disposição não são mais do que escravos de aço que só esperam que tenhamos mais um lampejo de inteligência, libertando-nos de sistemas económicos quase inteiramente superados, para os podermos utilizar a pleno rendimento.”

Ainda na pág. 13

“É talvez a mais grave, a escravatura a uma especialização exigida, por critérios de utilidade social, de homens, de seres humanos, criados para a infinita liberdade da totalidade das tarefas, para serem, dentro de seus limites de espaço e tempo, a fiel imagem, e a adorada imagem, da força, da possibilidade, da apetência infinita que os gerou.”

E ainda, num pequeno livrinho editado em 2006 que resulta de uma transcrição de algumas breves conversas com o Agostinho da Silva, gravadas em vídeo, e pelos vistos desconhecidas do grande público e que não resisti a passar-vos ainda esta breve e divertida passagem...

“A Alemanha vai ser, com o Japão, um dos dois grandes fornecedores ao mundo das ferramentas de que ele precisa, para quê meus amigos? Para deixar de ter essa preocupação estúpida de trabalhar, de passar a vida fazendo coisas de que não gosta, mas passar a vida fazendo apenas as coisas de que gostar. E eles vão, alegremente, cumprir essa obrigação, porque gostam disso. Alemão gosta de trabalhar, japonês gosta de trabalhar: coisa extraordinária. Tenho uma grande admiração por eles como os artistas do trabalho. Mas o que eu quero, então, é que deixem os portugueses, os africanos, os brasileiros, toda a gente que acha que há coisas na vida muito mais interessantes do que trabalhar, que eles fabriquem aquilo que é necessário para que nós possamos, se quisermos, nadar, mas sobretudo, se pudermos boiar, acho que será mais excelente que tudo. Não prego a virtude do Confúcio, senão para atingir Calecute. Depois o que eu prego, seguindo humildemente Camões, é as virtudes do Lau Tzu e do taoísmo, para passarmos a uma existência em que possamos ser totalmente, livremente, aquilo que mais gostaríamos de ser. Nada mais.”

Ora digam lá se isto não é uma delícia, tanto mais que ele refere e eu tanto gosto de acreditar “O Mundo acaba sempre por fazer o que sonharam os poetas." Assim seja, que ele faça, talvez aos filhos dos nossos filhos, o que este poeta por nós sonhou…

Bem hajam,

'Light Up' Coaching

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Shining eyes

Novos Paradigmas de Liderança

Liderança não é (não deveria ser), apenas “coisa” de líder.

A Liderança tende a ser vista nas organizações como algo que apenas diz respeito às Chefias mas, na verdade, diz respeito a todas as pessoas na organização. Estamos todos envolvidos numa relação de liderança, quer sejamos líderes quer sejamos colaboradores. Muito teria a ganhar a empresa, e cada uma das pessoas que a constituem, se esta relação de interdependência fosse mais conhecida e… melhor tratada.

Liderar não é fazer, é fazer fazer. 

A liderança é o processo de influenciar as actividades de um indivíduo ou grupo para a realização de determinados objectivos. Influenciar pessoas é um processo de interdependência, de troca, de negociação, de mútuo compromisso. Assim, a liderança pode ser vista como um contrato entre o líder e o(s) seu(s) colaboradores. Implicitamente, procura-se definir o que cada um (líder e colaborador) está disposto a fazer para que se cumpram os objectivos de realização ou desempenho, por um lado, e objectivos de satisfação pessoal e desenvolvimento, por outro. A boa liderança deverá assentar a sua metodologia num processo dinâmico de mútuo compromisso que, contemplando as duas perspectivas (a do líder e a do liderado), permita, de forma explícita, gerir os resultados e as motivações pessoais dos intervenientes, contribuindo de modo decisivo para a satisfação das pessoas e a rentabilidade da organização.

Assim, a boa liderança deverá basear-se numa relação de compromisso entre as partes; excluir uma das partes só poderá ter como consequência uma efectiva diminuição da sua eficácia.

O comportamento de um líder depende (deverá depender) do comportamento do liderado. Os líderes sentem-se compelidos a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para que os resultados pelos quais se responsabilizaram sejam alcançados. Se considerarmos que, de todos os recursos que possibilitam essa realização, as pessoas são com certeza os mais complexos, não será de estranhar que o comportamento de liderança que observamos nas empresas seja determinado, em grande medida, pelo comportamento que os subordinados manifestam relativamente à realização e prossecução dos objectivos pelos quais os líderes se comprometeram.

Daí que em situações de dificuldade o comportamento dos líderes tende extremar-se e a gerar, por parte dos colaboradores, comportamentos equivalentes mas de sentido oposto, fazendo-se justiça à velha máxima “comportamento gera comportamento”

O que se passa é que nem sempre os colaboradores vêem reflectidos no comportamento dos seus líderes as intenções (boas, à partida) que lhes deram origem, o mesmo se passando nos líderes acerca da percepção do comportamento dos seus colaboradores. Assim, grande parte deste processo de interacção humana é feita sem o devido alinhamento comportamental entre as partes.

Precisamos de um novo paradigma de liderança que promova o alinhamento comportamental entre os dois intervenientes da relação. Líder e liderado.

Liderados! A relação de liderança em que se movem é demasiado importante para que seja “delegada” nos vossos líderes. A vossa progressão profissional depende dela e dela dependerá também, em grande medida, o vosso sucesso e o sucesso dos “vossos”. Mudem o vosso posicionamento nesta relação que ela mudará dramaticamente.

Líderes! O vosso sucesso é construído pelo sucesso dos vossos colaboradores. A única forma, sustentada, de servirem o vosso sucesso é o de estarem, incondicionalmente, ao serviço de quem vos serve.

Coaching Intercultural - Criando Pontes de Encontro

Novos desafios, velhas soluções


Tolerar diferenças não é mais suficiente para se criarem ambientes empresariais em que as equipas são convidadas, modo continuum, a aprenderem a aprender.

A interculturalidade não é apenas um desafio a que as multinacionais têm de dar resposta. Dentro de qualquer empresa de média dimensão existem maiores diferenças culturais entre alguns dos seus colaboradores do que aquelas que esperaríamos encontrar entre um português e um japonês. Devem existir portugueses mais reservados e formais do que aquilo que esperaríamos ver reflectido, pelo padrão médio correspondente, numa empresa japonesa em Tóquio e japoneses mais efusivos e informais, do que alguns lisboetas “de gema”.

Que virtudes se escondem, na efusão, para quem se mova no reservado mundo da formalidade, e na reserva, para quem se mova no mundo, através da informalidade e extroversão?

Existem tesouros, escondidos pela confusão entre transnacionalidade e interculturalidade, prestes a serem descobertos.


Cultura e Coaching


“Cultura” é um conjunto único de características (crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais e bens) que distingue um grupo de outro. É aquilo que caracteriza a identidade e o particular modo de interagir de um grupo com o meio, num enquadramento espaciotemporal.


Coaching” é a arte de libertar e aplicar o potencial humano e as suas múltiplas abordagens partilham a crença central de que a maior parte do que nos limita está dentro de nós mesmos. Ao nos convidar à reflexão e criatividade, o coaching permite-nos criar uma nova visão sobre a realidade que nos rodeia e sobre o nosso potencial de actuação sobre ela, constituindo assim um processo de singular eficácia no que concerne à realização de objectivos pessoais e profissionais.


Coaching Intercultural


Alguém disse que não falamos do que vemos mas que apenas vemos aquilo de que podemos falar. O modo como fazemos o que fazemos determina, em grande medida, o que vemos. Culturas tradicionais, apenas resolvem problemas tradicionais.

Os novos desafios apenas podem ser resolvidos através de novos olhares. As empresas e equipas emergentes criam, conscientemente, novas culturas; alargando os seus horizontes de possibilidades, quer na visão que têm sobre os desafios que as movem, quer sobre a sua capacidade de actuação sobre eles.

Neste sentido, a interculturalidade ao serviço do coaching, ao revelar diferenças e similaridades culturais muito para além das evidências do senso comum, libertando o potencial sinérgico que estas diferenças encerram.
As ferramentas do Coaching Intercultural são suportadas por uma estrutura de orientação cultural que permite uma análise detalhada das vantagens e desvantagens que cada orientação cultural comporta, quer ao nível do indivíduo, quer das equipas.

O aumento da visibilidade destes múltiplos padrões de emoções, comportamentos e pensamentos partilhados cria oportunidades para que os indivíduos e as equipas aproveitem o potencial oferecido pelas suas diferentes orientações culturais e, simultaneamente, cooperem de modo a que consigo compensar as lacunas correspondentes.

A interculturalidade ao serviço do coaching, cria oportunidades para que os indivíduos aumentem a sua consciência sobre as suas preferências e habilidades culturais, para que as equipas criem dinâmicas de harmonização e complementaridade de competências e para as empresas aplicarem processos de gestão concertados que permitem aumentar a produtividade pela alavancagem das suas diferentes orientações culturais.

Aos portugueses, talvez pela nossa herança e flexibilidade cultural, nos estejam reservadas novas grandes descobertas, se nos decidirmos nas conquistas por estas novas pontes.

Já nem me pergunto o que faço aqui…

Antes, ficava angustiado quando os meus olhos percorriam as cristas daquelas espumas que se precipitavam em abruptas grutas, onde a areia se misturava com a sombra e donde me era permitido o vislumbre de alguns dos meus medos, há muito escondidos.

Perguntava-me assim, ainda antes de me meter ao mar, como se já nem olhasse para a inevitabilidade daquela atracção.

E se por ali me vou? E se me magoou… a troco de quê?

A troco de quê? Vida, muita vida, sentes-te vivo, intensamente. Existirá algo mais?

De facto, quando lá estou, sinto-me vivo. O mar passa-me debaixo dos pés, ouço-o a segredar-me pequenas lições de vida. São os mortos, os sonhos desfeitos e as desilusões afogadas num mar de lágrimas mas também as esperanças de quem nem sabe o que procura, dos olhares contemplativos de quem repousa os olhos no horizonte e dos sorrisos das crianças, divertidas e ingénuas, a brincarem nas graves memórias lusitanas.

A alma lusitana precisa de mar, de regar os sonhos de maresia, crivar os cabelos de areia e saturar os olhos de sol e sal. Sinto-me vivo…

Falo comigo, com os meus, alguns já nem cá estão, e eles respondem-me, trazendo-me uma calma que só o amor pode trazer. O mar fala-me de amor, daquele que se vive e do que se perde. Das suaves alegrias e das brutas tristezas. Dos grandes, feitos crianças, e das tragédias arrancadas a ferros a estas gentes, que vivem e morrem do mar.

Se o mar calmo me relaxa, o bruto traz-me vida. Preciso do rugido das ondas que me puxam para trás e que me permitem ouvir o respirar dos velhos monstros que nos afligiam. O mesmo gemido que, de longe, avisava os nossos avós, quando, a olharem de frente para a inevitável tempestade, o estômago se lhes apertava. Acho que sei o que sentiam... o mar ensinou-me mas, tal como eu, sei que só se perguntavam “o que faço eu aqui?”, antes de lá se meterem. Depois, sentiam-se vivos, apenas.

Às vezes lembro-me de um enorme redemoinho que não consigo evitar. Não quero, mas não consigo deixar de espreitar. E, depois de espreitar, serei capaz de não saltar? Terei forças para recuar? O medo e o desejo invadem-me, ensopam-me a alma. Pingo de mar, antecipando o prazer, sinto-me como se já tivesse regressado do mais colossal dos abismos, mais velho de sonhos.
É então que viro as costas ao vento e dou a cara ao medo. Não sou eu, desapareço, “desligo o rádio”, silêncio… As coisas acontecem em câmara-lenta e eu estou lá, só lá.  Subo, a tábua canta, reconheço os seus sinais, ela vibra e ganha vida para nova descida. Tenho pena (às vezes é um alívio) de nem sempre ter coragem de lhe rasgar o focinho, de lhe meter o fino nas fuças, de lhe rasgar a cara. De me vingar de tudo…

Mas do mar não nos vingamos, agradecemos o regresso e a inspiração que nos proporciona. Uma inspiração feita, sobretudo, de sensibilidade e vulnerabilidade. E agradecemos por nos sentirmos vivos.

Obrigado