segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Novos Paradigmas de Liderança

Liderança não é (não deveria ser), apenas “coisa” de líder.

A Liderança tende a ser vista nas organizações como algo que apenas diz respeito às Chefias mas, na verdade, diz respeito a todas as pessoas na organização. Estamos todos envolvidos numa relação de liderança, quer sejamos líderes quer sejamos colaboradores. Muito teria a ganhar a empresa, e cada uma das pessoas que a constituem, se esta relação de interdependência fosse mais conhecida e… melhor tratada.

Liderar não é fazer, é fazer fazer. 

A liderança é o processo de influenciar as actividades de um indivíduo ou grupo para a realização de determinados objectivos. Influenciar pessoas é um processo de interdependência, de troca, de negociação, de mútuo compromisso. Assim, a liderança pode ser vista como um contrato entre o líder e o(s) seu(s) colaboradores. Implicitamente, procura-se definir o que cada um (líder e colaborador) está disposto a fazer para que se cumpram os objectivos de realização ou desempenho, por um lado, e objectivos de satisfação pessoal e desenvolvimento, por outro. A boa liderança deverá assentar a sua metodologia num processo dinâmico de mútuo compromisso que, contemplando as duas perspectivas (a do líder e a do liderado), permita, de forma explícita, gerir os resultados e as motivações pessoais dos intervenientes, contribuindo de modo decisivo para a satisfação das pessoas e a rentabilidade da organização.

Assim, a boa liderança deverá basear-se numa relação de compromisso entre as partes; excluir uma das partes só poderá ter como consequência uma efectiva diminuição da sua eficácia.

O comportamento de um líder depende (deverá depender) do comportamento do liderado. Os líderes sentem-se compelidos a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para que os resultados pelos quais se responsabilizaram sejam alcançados. Se considerarmos que, de todos os recursos que possibilitam essa realização, as pessoas são com certeza os mais complexos, não será de estranhar que o comportamento de liderança que observamos nas empresas seja determinado, em grande medida, pelo comportamento que os subordinados manifestam relativamente à realização e prossecução dos objectivos pelos quais os líderes se comprometeram.

Daí que em situações de dificuldade o comportamento dos líderes tende extremar-se e a gerar, por parte dos colaboradores, comportamentos equivalentes mas de sentido oposto, fazendo-se justiça à velha máxima “comportamento gera comportamento”

O que se passa é que nem sempre os colaboradores vêem reflectidos no comportamento dos seus líderes as intenções (boas, à partida) que lhes deram origem, o mesmo se passando nos líderes acerca da percepção do comportamento dos seus colaboradores. Assim, grande parte deste processo de interacção humana é feita sem o devido alinhamento comportamental entre as partes.

Precisamos de um novo paradigma de liderança que promova o alinhamento comportamental entre os dois intervenientes da relação. Líder e liderado.

Liderados! A relação de liderança em que se movem é demasiado importante para que seja “delegada” nos vossos líderes. A vossa progressão profissional depende dela e dela dependerá também, em grande medida, o vosso sucesso e o sucesso dos “vossos”. Mudem o vosso posicionamento nesta relação que ela mudará dramaticamente.

Líderes! O vosso sucesso é construído pelo sucesso dos vossos colaboradores. A única forma, sustentada, de servirem o vosso sucesso é o de estarem, incondicionalmente, ao serviço de quem vos serve.

Sem comentários:

Enviar um comentário