segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Coaching Intercultural - Criando Pontes de Encontro

Novos desafios, velhas soluções


Tolerar diferenças não é mais suficiente para se criarem ambientes empresariais em que as equipas são convidadas, modo continuum, a aprenderem a aprender.

A interculturalidade não é apenas um desafio a que as multinacionais têm de dar resposta. Dentro de qualquer empresa de média dimensão existem maiores diferenças culturais entre alguns dos seus colaboradores do que aquelas que esperaríamos encontrar entre um português e um japonês. Devem existir portugueses mais reservados e formais do que aquilo que esperaríamos ver reflectido, pelo padrão médio correspondente, numa empresa japonesa em Tóquio e japoneses mais efusivos e informais, do que alguns lisboetas “de gema”.

Que virtudes se escondem, na efusão, para quem se mova no reservado mundo da formalidade, e na reserva, para quem se mova no mundo, através da informalidade e extroversão?

Existem tesouros, escondidos pela confusão entre transnacionalidade e interculturalidade, prestes a serem descobertos.


Cultura e Coaching


“Cultura” é um conjunto único de características (crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais e bens) que distingue um grupo de outro. É aquilo que caracteriza a identidade e o particular modo de interagir de um grupo com o meio, num enquadramento espaciotemporal.


Coaching” é a arte de libertar e aplicar o potencial humano e as suas múltiplas abordagens partilham a crença central de que a maior parte do que nos limita está dentro de nós mesmos. Ao nos convidar à reflexão e criatividade, o coaching permite-nos criar uma nova visão sobre a realidade que nos rodeia e sobre o nosso potencial de actuação sobre ela, constituindo assim um processo de singular eficácia no que concerne à realização de objectivos pessoais e profissionais.


Coaching Intercultural


Alguém disse que não falamos do que vemos mas que apenas vemos aquilo de que podemos falar. O modo como fazemos o que fazemos determina, em grande medida, o que vemos. Culturas tradicionais, apenas resolvem problemas tradicionais.

Os novos desafios apenas podem ser resolvidos através de novos olhares. As empresas e equipas emergentes criam, conscientemente, novas culturas; alargando os seus horizontes de possibilidades, quer na visão que têm sobre os desafios que as movem, quer sobre a sua capacidade de actuação sobre eles.

Neste sentido, a interculturalidade ao serviço do coaching, ao revelar diferenças e similaridades culturais muito para além das evidências do senso comum, libertando o potencial sinérgico que estas diferenças encerram.
As ferramentas do Coaching Intercultural são suportadas por uma estrutura de orientação cultural que permite uma análise detalhada das vantagens e desvantagens que cada orientação cultural comporta, quer ao nível do indivíduo, quer das equipas.

O aumento da visibilidade destes múltiplos padrões de emoções, comportamentos e pensamentos partilhados cria oportunidades para que os indivíduos e as equipas aproveitem o potencial oferecido pelas suas diferentes orientações culturais e, simultaneamente, cooperem de modo a que consigo compensar as lacunas correspondentes.

A interculturalidade ao serviço do coaching, cria oportunidades para que os indivíduos aumentem a sua consciência sobre as suas preferências e habilidades culturais, para que as equipas criem dinâmicas de harmonização e complementaridade de competências e para as empresas aplicarem processos de gestão concertados que permitem aumentar a produtividade pela alavancagem das suas diferentes orientações culturais.

Aos portugueses, talvez pela nossa herança e flexibilidade cultural, nos estejam reservadas novas grandes descobertas, se nos decidirmos nas conquistas por estas novas pontes.

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