domingo, 11 de novembro de 2012

O que tem o coaching a ver com saúde?


A saúde é uma emoção. Uma emoção é um juízo automático do mundo. E os juízos são os spots preferidos do coaching ontológico.


Se a segunda e terceira parte são óbvias para um coach ontológico a primeira nem tanto.

A saúde é uma emoção porque é, pode ser considerada, como um estado de felicidade exuberante para com a vida. (É assim que a define o mais antigo corpo de conhecimento médico do mundo, a Ayurveda). E a felicidade é ao mesmo tempo uma emoção e um objetivo.

É um objetivo que pode (deve?) estar escondido na agenda de um coachee. Um coach não tem agenda! Será mesmo? Considero que este princípio continua válido enquanto princípio mas não me revejo nele em termos práticos.

Toda a pergunta leva contrabando e todo o contrabando tem origem na agenda do coach. Um coach que não conheça o contrabando que leva pode estar a contaminar o seu coaching com algo que não sirva ao seu coachee.

Eu tenho agenda e só faço coaching dentro da minha agenda. Se a agenda do meu coachee não for conciliável com a minha, terei de me retirar da relação de coaching.

Qual é a minha agenda? A expansão da felicidade do coachee, alinhada com a finalidade da própria Vida. E a expressão do que é grandioso no coachee, alinhada com a minha missão de vida, com as competências da ICF e com a Vida.

O que o nosso coachee tem de mais de mais grandioso exprime-se através de emoções e quando fazemos coaching em torno de um sentimento procuramos (temos na agenda) expandir o horizonte de possibilidades ou aumentar a consciência do coachee sobre a retração desse horizonte. Fazêmo-lo através da linguagem mas estamos, em simultâneo, através dos silêncios, a operar ao nível da emocionalidade e da corporalidade.

Fomos educados para ver o nosso corpo como uma estátua sólida mas ele é antes um rio de energia e informação que se move à velocidade da luz. O nosso corpo, ao nível quantico, é um puzzle de proporções gigantescas e, para dar certo, para respirarmos mais um segundo que seja, precisamos desesperadamente, ou da ajuda de uma misteriosa inteligência imperceptível para os sentidos, ou de uma sucessão de acasos de uma dimensão ainda mais gigantesca do que aquela que à pouco me referi. :-)

Quando alguém altera o seu pensamento, emoção e corporalidade altera a sua saúde, interferindo com esta inteligência ou estes acasos.

Há experiências que provam irrefutavelmente que a forma como um rato percepciona uma substância/experiência pode fazer com que, na sua presença, desenvolva doença ou saúde. Já para não falar dos efeitos placebos tão bem conhecidos.

Será que os juízos têm poder para criar saúde ou doença? Será que a consciência que um coach tem sobre estes processos poderá influenciar a capacidade que um coachee tem para se colocar em "modo de saúde"?

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